Cornus nuttallii</em> × <em>Cornus florida ‘Eddie’s White Wonder’

Cornus nuttallii × Cornus florida ‘Eddie’s White Wonder’ em 2023.

O que aconteceu de mais assinalável durante o último ano, foi a morte do Cornus nuttallii × Cornus florida ‘Eddie’s White Wonder’, uma notícia escabrosa. Era sem dúvida uma das árvores principais aqui e de onde veio, já não vêm mais (foi da Burncoose antes do tal “brexit”). A minha explicação principal foi o facto de eu lhe estar a subir a copa e ia fazendo isso aos poucos, durante estes sete anos. Ou seja, para não haver grande choque, cortava um ou dois ramos de cada vez. E um ficou para o fim e em sete anos engrossou imenso, acho que quando o cortei aconteceu aquilo que queria evitar. Outra explicação é a Toona sinensis, que me parece uma árvore bastante invasiva e competitiva, rebentando de touça por todo o lado — mas não parece afectar mais nenhuma planta. A outra é que para morrer, basta estar vivo — sei lá qual foi a causa —, apesar do grande espectáculo todos os anos, no fim acabou por não se adaptar.

Protea cynaroides 'Madiba'

Protea cynaroides ‘Madiba’.

A Primavera começou oficialmente e há coisas bonitas, mas este ano vai ser um ano de alguma mudança. Como se sabe, o jardim não só nunca está pronto, como está sempre em movimento e começo a notar plantas que já não estão bem no sítio que estão. Por um lado, a sombra vai aumentando, por outro, as dominantes cada vez dominam mais. Por exemplo, os Loropetalum, começaram a ocupar demasiado, tive de podar radicalmente alguns — por outras palavras, até recuperarem, não são grande vista. Outro exemplo, no Quintal, as Tulbaghia violacea que plantei diminutas, no centro, nos quatro canteiros, estão gigantes e todos os anos ocupam mais um bocado. Já removi dois maciços e vou remover os outros dois, o que é normal neste tipo de plantas — arrancam-se, dividem-se e voltam a plantar-se. Neste caso a maior parte vai para compostar porque não tenho lugar para tanto “Alho da Sociedade”. E na verdade, também se reproduz liberalmente por semente e vai crescendo aqui e ali e basta-me transplantar essas plântulas para repôr o que estava num tamanho mais aceitável — e já agora, aprendi que no máximo a cada três anos devo fazer o mesmo, sete anos é demais e dá um trabalhão.