Artigos etiquetados “compostagem

Publicado em 5 de Abril de 2025

Compostores

A última vez que aqui escrevi já foi há muito tempo porque tudo me parece repetido. O jardim nunca está igual, mas paradoxalmente, o ciclo repete-se, sempre o mesmo, quatro estações, todos os anos. Os cães também se repetem, já há uns tempos que tudo o que faço é gastando o mínimo dos mínimos, porque não vale a pena.
E volto ao composto… Tinha o compostor 1 bem cheio, o 3 quase vazio e resolvi esvaziá-lo para revirar o 1 para lá. Claro que ainda é mais difícil revirar mais de um metro cúbico de material em compostores que não são adjacentes. Fico super-cansado, não é exactamente trabalho que anseie. Mas queria voltar à compostagem de alta temperatura, o que agora me parece impossível, porque já vai um pouco tarde. Tem de se revirar na altura certa, com o material ainda relativamente fresco e pouco compostado. Ontem atingiu 50ºC, hoje voltei a meter mais uns balseiros porque nos primeiros dias o volume baixa imenso. Vou ver como está — e não está brilhante, 42ºC.
Na fotografia, o compostor 2 já estará pronto. Foi o que compostou a alta temperatura e foi alvo de uma série de textos que antecedem este. Estava como vêem o 3, super-cheio e o volume final é este.

Publicado em 18 de Agosto de 2024

Apenas uma rápida actualização da situação do compostor 2. A temperatura manteve-se sempre nos 68ºC ou um pouco mais. Ontem desceu para os 65ºC e hoje para os 60ºC. De uma forma ou de outra, uma semana acima dos 60ºC, deve ter tratado de esmagadora maioria das moléstias e sementes. Por acaso estou curioso para ver que sementes daninhas germinam deste composto, porque tem sido um problema recorrente do meu composto.

Publicado em 12 de Agosto de 2024

Termómetro

Fui verificar a temperatura da pilha no compostor 2 e… 71ºC! Depois quando lá voltei e fotografei já depois de ter retirado a cobertura, tinha baixado ligeiramente. Nunca anteriormente consegui atingir tamanha temperatura. Espero que as sementes das daninhas, agentes patogénicos e alguns fungos nocivos sejam destruídos. Para isso, para a maior parte pelo menos, a temperatura tem de estar acima dos 55ºC durante três dias.
Estou curioso para ver o que vai acontecer amanhã, porque também se pode dar o caso de ter demasiado sucesso: Não convém mesmo nada que ultrapasse os 76-77ºC, o que reduziria bastante a diversidade de organismos a viver na pilha. O Charles Dowding prefere que a temperatura não ultrapasse os 66ºC (diz na Compost Magazine).
Actualização, pouco depois da meia noite, estava nos 70ºC.

Publicado em 11 de Agosto de 2024

Quando imaginei os três compostores, era com a intenção de revirar o composto do primeiro para o segundo e, posteriormente, praticamente já pronto, do segundo para o último. Nem sempre é assim porque os compostores estão sempre cheios e não posso ter o último apenas a armazenar composto pronto.

O primeiro é o maior, terá mais de 2m3 e mesmo assim estava praticamente cheio. E com o termómetro reparei que a pilha estava parada, a temperatura não ultrapassava os 30ºC. Ontem resolvi esvaziar o compostor 2. Por algum motivo, quando parece que está quase, há sempre mais um balde cheio. Depois de pensar no assunto, concluí que é porque o composto de baixo está muito mais compactado do que o inicial, parecendo crescer ao peneirar (continuo a peneirar todo o composto e continua a sair plástico e detritos que não pretendo que voltem para a terra). Este ano já peneirei 97 baldes até agora.

Com o compostor finalmente vazio, revirei para lá grande parte do que estava no primeiro. A pilha estava parada porque estava completamente seca. Em algumas zonas não e o composto estava praticamente pronto, não o retirei porque serve para reactivar a nova pilha. Entre as camadas, fui regando.

E passado um dia…

Termómetro

…a pilha activou-se completamente, o volume já tinha diminuido uns 30cm que voltei a completar. E já com mais de 60ºC, eu acho que a temperatura ainda não acabou de subir, porque tinha acabado de regar a última camada que revirei para voltar a repor o nível. Estou curioso para ver a temperatura amanhã.

Porque é que o Bokashi para mim não resulta?

Publicado em 9 de Fevereiro de 2023

Bokashi quer dizer “matéria orgânica fermentada” e quando adquiri o balde, falei do assunto. Agora, ao fim de quase dois anos, concluí que não é para mim.
Primeiro porque tenho três compostores e um outro só para folhas, a quantidade de matéria orgânica que produzo é enorme e com tendência ainda a aumentar. Ou seja, não é um pequeno balde de mais matéria orgânica que aqui vai fazer grande diferença. Há o líquido que aparentemente é um bom fertilizante, mas temos poucas plantas de interior onde parece que se excede. Tem a desvantagem de corroer regadores de metal e francamente não suporto o cheiro.
Além disso, o Bokashi é apenas utilizado para os restos de alimentos cozinhados e a verdade é que desperdiçamos mesmo pouca comida — é um objectivo habitualmente conseguido.
Também acaba por ser mais uma despesa, porque temos de comprar o fermento.
Quando o balde está cheio, passo para outro balde e deixo fermentar mais uns tempos e depois coloco finalmente no compostor. É necessário lavar um balde e outro. Mais trabalho, pode não ser muito, mas soma-se ao imenso que tenho sempre que fazer.
Pela experiência só aconselho a quem tenha uma varanda, um pátio ou um muito pequeno jardim e local para depois depositar a matéria fermentada. Tudo que saia disto é na verdade mais consumo e mais plástico.

Link de Interesse

Sete formas de utilizar a massa fermentada, pode não ser fácil para quem vive num apartamento, excepto o “doar”.