
Toda a gente sabe que aquilo que cultivamos sabe muito melhor, porque, para além dos factores psicológicos (por estranho que pareça, um pouco idênticos ao montar uma estante Ikea), tem mais qualidade.
No meu caso, não existir uma folha que saia do terreno, ser tudo compostado e devolvido à terra, não utilizar adubos químicos, insecticidas, fungicidas ou qualquer outro químico (não é inteiramente verdade, este ano tenho utilizado um produto anti-caracóis e lesmas, porque se tornou impossível cultivar alguma coisa sem isso), promove essa qualidade.
Mas para o sabor, a textura, a suculência, o maior factor é o da proximidade e da colheita na hora. E às vezes dá certo. Esta semana, numa refeição comemos ervilhas estufadas, alface, cebolinho, framboesas, morangos e limonada, tudo acabado de apanhar e com uma espantosa qualidade. E é incomparável a qualquer coisa que saia dos supermercados.