Posts by José Rui

Época das podas das fruteiras

Publicado em 22 de Dezembro de 2015

De folhas caducas

A poda faz-se quando se encontrem despidas de folhas. Nas regiões frias e onde são frequentes os gelos e geadas, deve fazer-se mais tardiamente para que a cicatrização não fique prejudicada.

Laranjeira, Citrus × sinensis

Laranjeira, Citrus × sinensis ‘De Setúbal’.

De folhas persistentes

Faz-se depois da colheita dos frutos e antres do abrolhamento dos gomos. Devem ser feitas durante o período de repouso vegetativo. As podas tardias provocam muitas vezes a “chora” (“sangrar” de seiva). Não se deve podar com tempo de vento forte e frio, nem de geada.

Podas de Verão

Os citrinos podem ser podados nesta altura, quando não tivesse sido possível podas no curto intervalo de tempo que vai da colheita à nova floração.
As podas de Verão são podas em verde. Reduz-se quase sempre à supressão dos ramos ladrões (em Maio e Junho). Pode-se despontar alguns ramos e nas árvores conduzidas, podar um pouco para formação.

Manual do Podador 8ª. Edição. Porto: Quinzenário Agrícola “O Lavrador”, 1963.

Os bolbos depois da floração

Publicado em 22 de Dezembro de 2015

O leitor E. M. de Lisboa gostaria de saber o que fazer com os bolbos de Tulipa depois de florirem.

Frésias

Frésias em vaso secam ao Sol em Abril.

Em geral, os bolbos depois de florirem necessitam da sua parte aérea e de muito Sol para voltar a “recarregar” a energia que os fará florir no ano seguinte. O que eu costumo fazer é afastar os vasos para longe da vista mas não do Sol. Quando as folhas secarem podem então ser removidas e o bolbo levantado para se guardar até ser replantado — uma operação que raramente executo —, habitualmente ficam na terra. No entanto, nunca consegui que as Tulipas em particular voltassem a florir.
Na natureza, estes bolbos escolhem solos leves com uma drenagem extrema, algo que falta por aqui, se bem que pode ser simulado com areia e gravilha. A terra depois da plantação também deve ser coberta com gravilha que mais cedo ou mais tarde se mistura com o solo melhorando a drenagem.

A importância do jardim da frente

Publicado em 22 de Dezembro de 2015

A importância do jardim da frente

© 2016 Pedro Burgos.

Peter Seabrock considera os jardins da frente absolutamente cruciais, logo à partida por razões sociais. Se estamos lá fora na frente a tratar do jardim, vemos os vizinhos e outras pessoas, e temos oportunidade de as conhecer. As plantas mesmo num pequeno jardim da frente, oferecem abrigo para insectos e pássaros. Não precisa de ser nada muito complicado, algum solo, algumas plantas, uns vasos grandes e uma pequena árvore; talvez uma sebe, muitas flores e muita fragância o que sem dúvida nos alegrará a vida e a de muitos transeuntes. Além disso, precisamos de solo que absorva a água da chuva e ajude a drenar o excesso.
Em termos de segurança que nos dias de hoje é uma preocupação a ter em conta, podemos ter um jardim com caminhos com gravilha ruidosa, plantas espinhosas estrategicamente colocadas e luz com sensores de movimento. O tipo de vedação que vemos agora por todo o lado — alta e opaca —, na minha opinião é contraproducente. Não só não impede que os meliantes nos invadam o jardim e a casa, como depois de o fazerem ninguém os vê da rua e podem circular livremente para as malfeitorias que lhes apetecer. Essas vedações podem impedir olhares curiosos, mas também nos isolam da nossa rua e nos aprisionam dentro da nossa própria casa.