Plantei tudo o que comprei ontem e ainda uns pés de Cebola ‘Stuttgarter riesen’ que ainda estavam na sementeira e já tardiamente. Mas da forma que vai o tempo, já nem sei o que é tarde e o que é cedo. Plantei as cebolas com a alface-roxa a aproveitar o mesmo gotejador, tinha uma vaga ideia que seria uma consociação positiva (chamando-se consociação há negativas?) e é mesmo.
Entretanto ao pesquisar o Loropetalum chinensis ‘Ruby snow’, fiquei a saber que além das folhas mate, as flores são brancas (daí o nome?). Acho que também ficará bem, mas… na RHS diz que é um pequeno arbusto que atinge apenas 50cm (em oposição ao 1,5m do ‘Black pearl’). Acho que vou ter de o mudar de sítio, não é grave e até podia colocar mais dois além deste.
Saber o nome das plantas foi uma coisa que me interessou desde sempre, nem sequer entendo quem compra plantas e deita fora as etiquetas sem sequer olhar para elas. Quantas vezes já me aconteceu perguntar que planta é esta ou que variedade é esta (na esperança de obter igual) e a resposta ser — não sei. Nem das árvores de fruto a esmagadora maioria do hortelão português sabe o nome. As maçãs são boas, mas árvore igual, só enxertando. Enfim, estou a começar a fazer etiquetas para o jardim.
Tenho estas de xisto e umas de alumínio da Alitags que comprei lá há muitos anos e continuam a durar, escrevo com lápis de grafite e depois apago se necessário. E tenho ainda umas outras de metal que comprei na Amazon, tal como as de xisto. Tenho acesso a uma máquina de gravação laser (50W) e estou a experimentar.
No Jardim do Lago, cheguei à conclusão que os três Loropetalum chinensis ‘Black pearl’ cresceram imenso e ocuparam um espaço demasiado à frente. Assim sendo, resolvi que os iria remover e substituir por mais três iguais, mais atrás, para que outras plantas mais baixas e menores, possam viver à frente. Ainda juntei um Loropetalum chinensis ‘Ruby snow’ que tem umas folhas mate, para quebrar a continuidade.
E então, voltei ao Flor do Norte:
- 12 pés de Alface roxa
- 2 pés de Morango
- 3 Loropetalum chinensis ‘Black pearl’
- 1 Loropetalum chinensis ‘Ruby snow’
- 4 Sanvitalia procumbens
Loropetalum chinensis ‘Black pearl’ adquirido no horto Flor do Norte.
Os Loropetalum chinensis ‘Black pearl’ vegetavam para lá num estado deplorável, eram os últimos e além de fracos, estavam cheios de ervas e um praticamente já nem vaso tinha. Na caixa perguntei se não me faziam desconto nesses exemplares, fiquei pasmado com a resposta negativa — informam-me antes que precisam é de ir para a terra (depois de os pagar integralmente, supus). Como estava em dia de boa disposição, não me apeteceu filosofia barata e não me ia chatear por meia dúzia de euros. Obviamente é comum em qualquer negócio, os defeitos serem descontados muitas vezes tratando-se apenas de deficiências na embalagem. Mas não aqui, onde o destino destas plantas é acabarem inevitavelmente no lixo. E dizem-me vocês que não era obrigado a comprar e não era mesmo. Mas já tenho alguma experiência, as plantas estavam vivas e, principalmente, tenho urgência no que quero fazer. Não quis esperar por novos exemplares ou ir a outro lado. Mas, ao fim de 26 anos a ser cliente, foi uma atitude que não me impressionou mesmo nada e que reputo de praticamente inédita.
A árvore atrás é o Cercidiphyllum japonicum.
Acabei mesmo por retirar a Pyracantha ‘Orange glow’. Cumpriu a função estes anos, mas o principal problema era o local que tornava podar super difícil. Francamente, estava a ficar uma selva cheia de picos. Agora é necessário lavar a parede.
Os Loropetalum ‘Black pearl’ que se vêem também irei remover depois de florirem e vou substitui-los por outros iguais plantados mais atrás.
La Passion de Dodin Bouffant (2023) de Anh Hung Tran.