Artigos da categoria “Indicações úteis

Época das podas das fruteiras

Publicado em 22 de Dezembro de 2015

De folhas caducas

A poda faz-se quando se encontrem despidas de folhas. Nas regiões frias e onde são frequentes os gelos e geadas, deve fazer-se mais tardiamente para que a cicatrização não fique prejudicada.

Laranjeira, Citrus × sinensis

Laranjeira, Citrus × sinensis ‘De Setúbal’.

De folhas persistentes

Faz-se depois da colheita dos frutos e antres do abrolhamento dos gomos. Devem ser feitas durante o período de repouso vegetativo. As podas tardias provocam muitas vezes a “chora” (“sangrar” de seiva). Não se deve podar com tempo de vento forte e frio, nem de geada.

Podas de Verão

Os citrinos podem ser podados nesta altura, quando não tivesse sido possível podas no curto intervalo de tempo que vai da colheita à nova floração.
As podas de Verão são podas em verde. Reduz-se quase sempre à supressão dos ramos ladrões (em Maio e Junho). Pode-se despontar alguns ramos e nas árvores conduzidas, podar um pouco para formação.

Manual do Podador 8ª. Edição. Porto: Quinzenário Agrícola “O Lavrador”, 1963.

Combinar cores

Publicado em 23 de Setembro de 2015

Vita Sackville-West, criadora do jardim no Sissinghurst Castle, tinha uma técnica muito interessante para combinar cores no jardim. No auge do jardim, habitualmente em meados do Verão, quando descobria uma combinação que de alguma forma não resultava, cortava uma flor e andava com ela pelo jardim até descobrir um local onde se integrasse. Tomava notas e na primeira oportunidade mudava as plantas para o seu novo sítio.

Link de interesse

Blogue de Sissinghurst Castle

Destruição de lesmas

Publicado em 23 de Setembro de 2015

O “Jornal Horticolo-Agricola” de Outubro de 1904, citando o “Journal de la Société Centrale d’Horticulture du Nord”, publicado em Lille (França), descreve um método algo bizarro de acabar com as lesmas.
Num barril que conteve óleo, retira-se um dos topos que servirá de tampa e faz-se um furo onde caiba uma vara. Enche-se um terço com fuligem de chaminé e o resto com urina humana. Deixa-se a macerar durante oito dias, se possível mais, mexendo todos os dias com a vara.
Espalha-se a mistura pelo terreno em dias chuvosos.

Publicado originalmente no blogue Quinta do Sargaçal.

Meteorologia popular

Publicado em 23 de Setembro de 2015

Os nossos lavradores têm velhos ditados, pelos quais se regulam para apreciação do tempo futuro; são antigas abservações meteorológicas que o tempo consagrou e de que várias gerações verificaram a exactidão.
Pode a ciência moderna rir-se cepticamente desta crença dos nossos bons aldeãos, mas a verdade é que em geral os ditados meteorológicos, como pessoalmente temos verificado, são exactos.

Assim se pronunciava o senhor Arnaldo Coelho, no Jornal Horticolo-Agricola de Janeiro de 1897. Hoje, já com as alterações climáticas em pleno andamento, talvez assistamos aos últimos tempos destes ditados.

  • Agosto seco, inverno nevoso.
  • Outubro quente, Fevereiro frio.
  • Tal Outubro, tal Março.
  • Novembro quente, Abril e Maio frios.
  • Dezembro quente, Fevereiro frio.
  • Inverno seco, Verão seco.
  • Inverno rigoroso, Primavera húmida.
  • Inverno áspero, Verão quente.
  • Inverno com grande degelo no meio, Verão frio.
  • Inverno que começa cedo, acaba tarde.
  • Inverno que começa tarde, acaba cedo.
  • Verão chuvoso, Inverno rigoroso.
  • Verão chuvoso, Outono bom.
  • Outono bom, Primavera chuvosa.
  • Boa colheita de feno, Inverno áspero.
  • Quando o Fevereiro for muito frio, é preciso capote em Agosto.
  • Janeiro seco, boa colheita de cereais.
  • Inverno de neve, ano de pão.
  • Janeiro muito frio, é sinal de muito trigo.
  • Dezembro frio e de neve, ano de abundância.

Influência da cobertura do solo sobre a sua fertilidade

Publicado em 23 de Setembro de 2015

De acordo com o Jornal Horticolo-Agricola de Fevereiro de 1905 (com referência à revista Jardin, da época), cobrindo o solo com uma camada ainda que pouco espessa, de palha, de folhas secas ou de estrume, reduz-se consideravelmente a evaporação da água que ele embebe. A cobertura protege o solo contra o embate directo das gotas de chuva e das águas da rega, prolonga a mobilização da terra e obsta imenso ao desenvolvimento de plantas adventícias, aumentando o efeito da provisão dos princípios nutritivos do solo.