Loropetalum chinense ‘Black pearl’.
Loropetalum chinense ‘Fire dance’.
Todos a florir profusamente e no auge desde a plantação.
Plantei três exemplares de Loropetalum chinense ‘Black pearl’ no Jardim do Lago, perto da garagem e três Loropetalum chinense ‘Fire dance’ (perto da Grevillea).
Mais uma dose nos compostores. Cavei grande parte do compostor um e já utilizei três baldes de composto. A partir de certa altura começou a ser difícil, apareceram raízes não compostadas e afinal eram raízes vivas. Do Kiwi-berry. Se mais provas fossem necessárias sobre a qualidade do composto feito em casa… raízes que sobem em vez de descerem, só se for porque os nutrientes estão lá e as plantas sabem onde está o que é bom. Não é uma grande coisa ter as plantas ali à volta todas a irem dentro do compostor, se soubesse disso tinha feito meio metro de muro enterrado.
Além disto transplantei algumas coisas e algo me intrigou. Destas plantas que trouxe de casa de um amigo, diria que pelo menos 50% não pegou o que será normal. Outras sim e hoje ia transplantá-las, mas transplanto a primeira que está notoriamente viva e nem uma raiz — desde Outubro? Transplanto a segunda, nem uma raiz. Resolvi estar quieto.
Estou à espera de uns tabuleiros para sementeiras e a ver se preparo os que já tenho para as começar. O ano passado aprendi que não vale a pena ser cedo demais e as noites continuam super-frias (7ºC ontem). Tenho de arrumar a garagem.
Há imenso que fazer no jardim, mas resolvi fazer uma coisa que andava a adiar: Revirar a pilha de composto. Foi do compostor um para o três, porque o dois está ocupado com material triturado que planeio utilizar nas batatas.
Antes disso, reparei que na “gaiola” das folhas havia uma terra preta a sair para fora. Tirei de cima as folhas e ramos (e flores que a minha vizinha para lá deita) e voilá, tenho terriço de folhas pela primeira vez. Confesso que parece em tudo igual ao composto… mas dizem que não é fértil. Peneirei um balde que irei utilizar nas sementeiras.
Virei-me para o compostor um e claro que foi um trabalhão, estava super cheio e tem tamanho suficiente para encher o compostor dois e três (estes têm cerca de 1m3). Claro que não revirar para o dois, mesmo ao lado, foi trabalho extra. Tem milhões de minhocas e as habituais larvas do Escaravelho-de-Junho, Amphimallon sostitialis que desde que soube que é uma espécie em dificuldades, deixo em paz e sossego, como praticamente todos os insectos. Ao chegar a meio da profundidade a bicharada começou a desaparecer até não haver nenhuma, sinal inequívoco que o composto está pronto. E está mesmo! Fiquei satisfeito com isso, por algum motivo julgava que não iria estar pronto. Tenho de o peneirar para ser utilizável, mas está óptimo e o cheiro é bom. Nunca ao revirar a pilha me cheirou a podre ou a amoníaco. O compostor três ficou completamente cheio, o volume deve no final ser cerca de metade. Também juntei um balde de bokashi que estava pronto.
Não é possível descrever o que o compostor um devorou durante este ano, é espantoso.
Na Quinta do Piri-Piri, encomendei mais algumas sementes. Já cultivei quase todas anteriormente, mas não guardei sementes. Não exagerei no picante, muito pelo contrário, senão são aqui reclamações sem fim. Estas sementes não são baratas, as saquetas trazem 10 sementes inteirinhas, uma prática que é habitual também noutras paragens. Francamente, parece-me pouco.
Todas as malaguetas são Capsicum Annum, excepto as indicadas.
Fiquei com a sensação que pelo menos duas variedades não foram registadas, por algum motivo. Também acho sempre que encomendei pouco (têm 108 variedades) e para mim é uma planta tão apelativa que a minha vontade é cultivar 50 ou mais.
Além disto, mandei vir da Alemanha feijão ‘Blauhilde’ que também já tive, mas por algum motivo não conservei. Recordo-me que o ano passado não consegui germinar uma única malagueta, toda a época de sementeira foi prejudicada por noites extremamente frias e esta ano vai pelo mesmo caminho. Estão 9ºC e mais tarde estão previstos 6ºC. Amanhã falam em apenas 4ºC. Sem uma estufa é impossível ter sucesso. Dizem os cientistas que a corrente do Golfo está a enfraquecer devido às quantidades colossais de água doce que está a chegar ao mar devido ao aquecimento global. Muita gente continua a confundir meteorologia com clima (alguns até fazem questão de cada vez que neva), mas ironicamente isso fará com que se gele por aqui.
Uma boa altura para rever uns textos da Gabriela no meu outro blogue “O Árctico e o Aquecimento Global (1)” e “O Árctico e o Aquecimento Global (2)“. São de 2005, um ano em que os blogues existiam e até se dialogava.
Comecei a transplantar as Coroas-de-rei no Jardim Branco. Já estão com 20-30cm e foi mais fácil pensar no assunto do que fazê-lo. Mas parece-me que numa linha, como estavam, são um conjunto desinteressante.
Ao amarrar alguns ramos dos Cedros-de-Itália ‘Totem’, reparei que não estão nada seguros. Este Inverno fustigou-os, ficaram ligeiramente inclinados e se eu os empurrar, nota-se que não estão agarrados à terra. Desconfio de fraco futuro.
Foi o primeiro dia desta época em que me sentei a beber um chá e a apreciar o que se passa no jardim. Os gatos brincavam, foi um bom fim-de-tarde.
À noite, matei a primeira Vespa-asiática do ano… dentro de casa.