Plantei cinco Alfazemas ‘Grosso’ (Lavandula x intermedia ‘Grosso’) perto dos Cedros-de-Itália ‘Totem’.
Plantei cinco Alfazemas ‘Grosso’ (Lavandula x intermedia ‘Grosso’) perto dos Cedros-de-Itália ‘Totem’.
A colheita da alfazema é um dos aspectos mais agradáveis de a cultivar, quando a fragância preenche o ar, não nos lembramos de mais nada.
Não muito tempo após principiar o ciclo de floração, deve ser colhida cedo pela manhã, logo que esteja seca do orvalho ou da humidade nocturna. Isto permite que os óleos essenciais não percam qualidade quando expostos ao calor do Sol. Uma manhã fria, seca, mas solarenga é o ideal.
As espigas floridas da alfazema devem ser cortadas mal todas as flores estejam abertas e antes de algumas começarem a murchar, pelo ponto onde o caule encontra as primeiras folhas. Atam-se em grupos e colocam-se dentro de sacos de papel de forma que as flores não toquem no papel. Depois, penduram-se num local seco, arejado, longe da luz solar directa. As hastes também podem ser espalhadas num tecido, num quarto sombrio, bem ventilado.
Depois de secas as flores devem ser fechadas em recipientes herméticos até serem utilizadas.
Também se pode secar a alfazema simplesmente pendurando os grupos de cabeça para baixo. Não irá conservar a fragância por muito tempo, mas mantém a cor e forma, podendo ser utilizada em arranjos secos.
Barrett, Patti. Growing & Using Lavender. North Adams, MA: Storey, 1996.
Este escaravelho apareceu este ano nas alfazemas e danificou principalmente as Lavandula dentata. Contactei a RHS para saber o que era e o que fazer. Responde o Dr. Andrew Salisbury, entomologista.
Trata-se do Escaravelho-do-alecrim1, Chrysolina americana. É originário da zona mediterrânica e nativo em Portugal. Nos últimos 15 anos também se estabeleceu em algumas partes de Inglaterra. Os adultos têm cerca de 6-7mm, de cor verde-metálica com riscas púrpuras no tórax e asas. As larvas são acinzentadas-brancas, com cerca de 8mm.
Tanto o escaravelho como as larvas alimentam-se da folhagem e causam estragos consideráveis se estiverem presentes em número suficiente. Outras plantas de que alimenta são o alecrim, tomilho e salva.
Habitualmente passa os meses de Verão como adulto sem se alimentar, nas suas plantas hospedeiras. No fim do Verão ou início do Outono torna-se novamente activo recomeçando a alimentar-se das folhas. Acasalam e colocam os ovos na folhagem que eclodem após dez dias em larvas que se podem observar em qualquer altura desde o início do Outono até ao início da Primavera. Por vezes é possível encontrar escaravelhos na planta durante o Inverno. Quando as larvam acabam a sua alimentação, vão para o solo para pupar.
É possível controlar esta peste procurando os adultos e as larvas e removendo-os à mão, tratando-se também do único método biológico possível.
Escaravelho-do-alecrim, Chrysolina americana. Pode-se observar perfeitamente o dano causado numa folha de alfazema.
De notar que os métodos químicos são particularmente desaconselhados pois este escaravelho alimenta-se de plantas que atraem muitos insectos benéficos e no caso do alecrim, tomilho e salva, são utilizadas na culinária.
A alfazema pode ser facilmente reproduzida com cortes no Verão. Devem-se escolher rebentos laterais que não floriram e deve-se verificar que estão sem pestes nem doenças.
Corta-se com um pequeno pé e removem-se os últimos pares de folhas de modo a podermos enterrar o rebento no composto com facilidade.
Mergulha-se o pé numa solução de hormonas de enraizamento — pode-se utilizar uma solução de ramos de salgueiro. Em alternativa nada, mas a percentagem de sucesso poderá ser muito menor.
Inserem-se os cortes em composto arenoso, na borda de vasos, em tabuleiros de alvéolos, pequenos vasos ou onde acharem conveniente. Rega-se o composto de forma suave e cobre-se com um plástico para manter um ambiente húmido. Há tabuleiros que incluem umas tampas de plástico transparente e que são bastante práticos.
Colocam-se os cortes num local quente e com sombra. Depois do enraizamento começar (habitualmente após quatro a seis semanas), deve-se cortar um canto do plástico para ventilação, removendo-o completamente passadas umas semanas. Devem-se deixar os cortes no local até estarem muito bem enraizados, sendo depois envazados individualmente.