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Torneiras de rega

Este ano vou instalar tubo gotejador no quintal, porque no Verão, regar tornou-se um trabalho a tempo inteiro. Mesmo estando a exagerar, é um trabalho diário e muitas vezes não é possível na hora certa e as plantas sofrem, as culturas não são tão boas e no geral enerva-me em vez de me relaxar. Tenho a sensação que estou sempre atrasado ao regar. Isto no quintal, porque no jardim, conforme vai amadurecendo, cada vez rego menos até ao ponto em que praticamente não rego. Os vasos é outro assunto e outro foco de urgência durante os meses quentes — ou até mesmo agora, porque ainda hoje reparei que a Roseira ‘A Shropshire Lad’ que estava magnífica, mostrou-se desanimada por falta de água e a falta foram apenas dois dias, por esquecimento.
Tenho quatro canteiros de cerca de 16m2 no quintal e em cada um vou colocar nove linhas de tubo. Por cada linha uma torneira, para poder ter controlo bastante amplo sobre o que decido regar. Numa primeira fase não vou instalar controlador de rega, vai ser manual (abrir a torneira) até chegar à conclusão dos tempos. Cada gotejador gasta 2,3 litros por hora, segundo me informaram na loja de rega Cudell. Vou instalar um dos canteiros, se tudo resultar, instalarei os outros três posteriormente.

Rega das árvores

Há pessoas que não sabem, diz o senhor N. Audran, no “Lyon Horticole”, que a água que é necessária para a alimentação das plantas é principalmente tirada do solo pelas radículas, isto é, pelas raízes mais novas. Se estas pessoas conhecessem esta simples particularidade da vida vegetal, com certeza quando regassem uma árvore não lançariam a água directamente no pé, salvo no caso que este tivesse as raízes aprumadas.
Geralmente, quando se rega, faz-se uma pequena caldeira perto do pé da árvore e ali se lança a água, exactamente no sítio onde ela é menos útil. Má prática.
Para se regar uma árvore, deve-se fazer a caldeira a distância do tronco e regar aí. Quanto mais grossa for a árvore, tanto mais afastada deve estar a caldeira do seu centro.

Jornal Horticolo-Agricola, Junho de 1906