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Conservar Sementes (Quase Como Svalbard)

Publicado em 17 de Abril de 2025

Para prolongar a vitalidade das sementes e manter a sua viabilidade, podemos utilizar várias técnicas para controlar a humidade, temperatura e níveis de oxigénio, os factores chave para a longevidade das sementes. O Svalbard Global Seed Vault (também chamado “Doomsday Vault”) emprega métodos avançados para preservar sementes durante décadas ou séculos, mas também em casa podemos prolongar a sua viabilidade.

Controlo de humidade

É o factor mais crítico, sementes húmidas rapidamente perdem vitalidade. Deve-se guardar as sementes em recipientes herméticos como frascos de vidro, frascos de plástico ou sacos a vácuo. Pode-se juntar dessecantes como gel de sílica ou arroz seco para absorver o excesso de humidade.
Rapidamente se conclui que se sobrarem sementes compradas, a primeira coisa é retirá-las do pacote de papel. E nas sementes que recolhemos, o essencial é secá-las perfeitamente, ao ar, durante vários dias secos, sem Sol directo.
Em Svalbard as sementes são secas até terem apenas 3-6% de humidade.

Baixar a temperatura

O que também reduz a actividade metabólica e a deterioração das sementes. No frigorífico a cerca de 4ºC, para conservar durante cinco a 10 anos. No congelador a cerca de -18ºC, para conservação de longo prazo, certamente mais de 10 anos. As sementes têm de estar completamente secas para evitar danos criados pelo gelo.
Em Svalbard as sementes são guardadas a -18ºC.

Reduzir a exposição ao oxigénio

Evita a oxidação. O melhor será colocar as sementes em recipientes a vácuo. Eu utilizo um sistema da Zwilling, tanto sacos como recipientes de vidro.
Em Svalbard as sementes são seladas em pacotes de alumínio com três camadas, para bloquear o oxigénio, luz e humidade.

Proteger da luz, insectos e doenças

Armazenar as sementes em pacotes opacos ou em local escuro, normalmente o frigorífico também resolve este problema.
Svalbard é naturalmente escuro e as sementes têm os pacotes de alumínio com três camadas.

Escolher as sementes ideais

Algumas sementes como por exemplo cebola ou rabanete duram apenas um ou dois anos enquanto outras como o tomate ou feijão, sobrevivem mais de 10 anos.
Svalbard dá prioridade a sementes tradicionais, não transgénicas com alta variedade biológica.

Pode-se testar a viabilidade das sementes de vez em quando, colocando 10 sementes num papel de cozinha molhado. Se ao fim de 10-15 dias germinarem seis, quer dizer que a viabilidade é de 60%.

Finalmente, é bom saber que há casos em que nada disto se aplica porque as sementes não podem secar. Por exemplo as bolotas dos Carvalhos, ou sementes de Abacate, têm de ser mantidas frescas e as técnicas de conservação são completamente diferentes.

A semente mais antiga conhecida a ter germinado foi uma flor árctica com 32.000 anos (Silene stenophylla), revivida por cientistas russos.

Semear em linhas ou padrão geométrico

Publicado em 6 de Abril de 2020

Quando se utiliza terra do jardim nas sementeiras, é natural que germinem muitas ervas daninhas. Deve-se semear em linhas ou em algum padrão geométrico identificável e não apenas espalhando simplesmente as semente na terra. Desse modo podemos distinguir entre as pequenas plantas que nos interessam e as pequenas ervas que vão aparecendo.

Regar sementeira em vaso

Publicado em 19 de Março de 2018

Regar

Quando se faz uma sementeira em vaso, especialmente de sementes pequenas, a terra deve ser preferencialmente regada previamente. Há quem regue depois e não há apenas uma forma certa, mas eu passei a regar desta forma depois de ver Geoff Hamilton (Wikipedia) a fazer o mesmo no programa televisivo Gardener’s World.
Por exemplo, com sementes como da Dedaleira, Digitalis purpurea, que não são cobertas, regar irá arrastar as sementes todas para um lado. Nestes casos, até à germinação deve-se manter a terra húmida com um pulverizador suave.

Podar a camélia

Publicado em 11 de Março de 2018

Camélia, Camellia japonica 'Pomponia portuense'

Camélia, Camellia japonica ‘Pomponia portuense’.

Esta apreciada ornamental deve ser podada no fim do Inverno ou início da Primavera, após a floração. Removem-se os ramos secos, doentes, fracos, cruzados com outros ou que retirem a harmonia geral da planta, tendo em atenção que o último gomo deve ter a orientação que se deseja. Por exemplo, não faz sentido cortar um ramo e deixar o gomo de onde brotará o crescimento da época, virado para dentro. O que se pretende é manter a camélia aberta à luz e ao ar.
Com excepção de uma poda drástica de rejuvenescimento de uma árvore antiga ou a poda de uma sebe, a poda deve ser leve, na minha opinião quase inexistente. A planta tem sempre melhor aparência quando está com um aspecto natural. Se o exemplar necessitar de uma poda drástica, é preferível prolongar essa tarefa por dois ou três anos.
Uma alternativa interessante à poda, é remover gomos indesejados antes de se começarem a desenvolver em novos ramos na Primavera. É uma acção preventiva.